- por Karol Felicio
É um buraco negro
Onde nunca assentam as coisas aqui dentro
Onde nunca encontro as consequências para as minhas causas
Dos atos e efeitos...
No cheiro do seu cabelo, a minha cura
Na sua perversão, minha loucura
No imoral, a minha tara
E no rubor, a minha cara
Dos medos...
Num enroscar de braços e pernas e peitos e bocas, da solidão
Num sono profundo, o de acordar
Na abstenção, o de errar
E no excesso, o de faltar
Amo tudo que te faz arder, e me orgulho quando faz doer
Algo assim de rasgar seu peito e entrar, aconchegar
Isso de buscar uma completude, um antídoto, preenchimento
Busca incessante isso
Consome e seduz
É querer mais
Até ser vício
Envolvimento...
É um lugar onde não se vê o fundo
Mas tem vontade de se atirar
É desejo, entrega, vertigem
A gente não sabe onde vai dar
Mas a gente vai.
5 de jan. de 2009
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