-por Karol Felicio
A noite cai
Escura, gelada
Os 12º graus de sempre
O chuveiro quente
O corpo ferve
Aromas, vapor
Banheiro escuro
À luz de velas
Os olhos fecham
A mente voa
A boca pede
Mais uma taça de vinho à toa
Tinto
Vermelho da boca
O sangue esquenta
O frio da espinha sobe
O da barriga desce
E transborda
Uma onda de calor toma
Todo o corpo, todo o copo
E a garrafa seca
E molha, não nega
Lá longe a música
Toca, e toca
Um Chico à toa
A poesia voa
Não se prende no papel
Acalma a mente
Liberta a alma
De uma eterna espera
De não se sabe o quê
E o corpo estira
E a cama abraça
E o sono chega
E ela apaga
Mais uma noite boa
Uma noite à toa
Que acaba.
22 de jul. de 2008
18 de jul. de 2008
Tanto faz
- por Karol Felicio
Não espero que você me ligue
Nem espero que reconsidere
Um passo mal dado, um impulso, um tropeço
Eu dispenso a reflexão
- sem mais delongas –
E disperso pensamentos-círculo
Eu me impeço de ser sensata e me safo desse martírio
Um ano ou uma noite
Sempre têm o mesmo fim
- final –
Feliz?
Nem sempre, nem me importa
O desfecho é sempre o mesmo
Então sem dramas, sem volta
Sem discursos treinados e devaneios chatos
O primeiro erro, a primeira noite
É pressuposto de um erro prolongado
Não espero que você me ligue
De qualquer forma não vai dar em nada
Não espero que você me ligue
Nem espero que reconsidere
Um passo mal dado, um impulso, um tropeço
Eu dispenso a reflexão
- sem mais delongas –
E disperso pensamentos-círculo
Eu me impeço de ser sensata e me safo desse martírio
Um ano ou uma noite
Sempre têm o mesmo fim
- final –
Feliz?
Nem sempre, nem me importa
O desfecho é sempre o mesmo
Então sem dramas, sem volta
Sem discursos treinados e devaneios chatos
O primeiro erro, a primeira noite
É pressuposto de um erro prolongado
Não espero que você me ligue
De qualquer forma não vai dar em nada
9 de jul. de 2008
Disposição
- por Karol Felicio
O amor, raízes fortes
Não me esforço, mas recebo água e luz
E me disponho a que ele brote
Disponho-me a sorrir, a conhecer, a chorar de dor
- porque dor de amor dói, mas é doce... –
E me disponho ao toque
Disponho-me a me expor, a conhecer
A te reconhecer em mim
- quem sabe –
E a me reconhecer em você
E de que vale tudo isso senão um renascimento a cada fim
E a cada chuva fina, a cada brisa, a cada dia, as folhas renascem
E a tarde cai, sorrindo
E a noite, menos fria
Então por que não receber?
Ah vida! Motivo melhor para viver?
Sorrir, sofrer, morrer, redescobrir, renascer
Por que não me disporia a você?
O amor, raízes fortes
Não me esforço, mas recebo água e luz
E me disponho a que ele brote
Disponho-me a sorrir, a conhecer, a chorar de dor
- porque dor de amor dói, mas é doce... –
E me disponho ao toque
Disponho-me a me expor, a conhecer
A te reconhecer em mim
- quem sabe –
E a me reconhecer em você
E de que vale tudo isso senão um renascimento a cada fim
E a cada chuva fina, a cada brisa, a cada dia, as folhas renascem
E a tarde cai, sorrindo
E a noite, menos fria
Então por que não receber?
Ah vida! Motivo melhor para viver?
Sorrir, sofrer, morrer, redescobrir, renascer
Por que não me disporia a você?
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